Wednesday, September 12, 2007

Prazer em te conhecer, Jota-Pê!

Mais uma vez, como sempre, o universo conspirou a favor: uma viagem inusitada para Alemanha em companhia de Jota-Pê, um cara que eu não conhecia!

O feriado de 7 de setembro seria um dos momentos raros para adiantar o doutorado. Jota-Pê, de coração, pediu que eu o acompanhasse até Frankfurt, Alemanha, nos quatro dias do feriado. As minhas condições: um laptop para continuar o doutorado. Funcionou bem, até a primeira hora. O computador apagou e não mais voltou.

As 14 horas de viagem foram ótimas, sem filas, sem check-ins, transfer exclusivo, serviço de bordo self-service, free-pass para cabine, parada em Dakar com direito a pisar em solo senegalês sem passar pela imigração africana, amizade com todos os passageiros do vôo, lotado na sua capacidade máxima: 6 pessoas - Comandante Edson e Comandante Toledo, os co-pilotos Alexandre Berti e Rodrigo Mendes, Jota-Pê e eu – todos nós agrupados entre a cabine e uma sala de descanso do gigante MD 11 da Varig Log Cargas.

Frankfurt é grande, limpa, organizada, alemã! Mainz é pequena, limpa, organizada, alemã. Wiesbaden é grande, industrializada, capital de Hessen, estado federal alemão. Os alemães são alemães, olhos claros, cabelos amarelos, acento rígido, beleza nórdica um tanto distante mas não menos fascinante para nós, no caso, Jota-Pê e eu.



Muitos kms de caminhada pela cidade, muitas fotos desautorizadas das galegas, Danke schön por cada salsicha com mostarda, igrejas medievais, edifícios espelhados que lembravam os transformers, cerveja quente incorpada mas não azeda, o clima e temperatura que parecia desconhecer o time continuun, e o Jota-Pê e eu andando para onde apontava o nariz.

Uma nota: Nós, Jota-Pê e eu, para eles, os alemães, devemos ser mesmos diferentes: fomos impedidos de entrar em duas baladas. Mas porquê? Foi o tênis comprado na Alemanha? A jaqueta jeans igual a de todos? O cabelo sem gel, mas com modelador? O inglês com sotaque? Seja como for, na certeza de que iríamos reverter essa situação, acabamos chegando numa torre de babel chamada Gagos. Lá estavam turcos(as), italianos(as), alemães(ãs), croatas(?), Jota-Pê e eu. A música, um tipo de ‘tum-tiz-tum’ hindu, deu conta do recado. Em 10 minutos, nós, Jota-Pê e eu, conversávamos em port-italian-inglês com dois italianos, três alemãs e uma brasileira de Matão, interior de São Paulo. Vai ver que foi por isso fomos barrados: não se briga com galo do terreiro.

E por lá estava eu com o Jota-Pê, uma peça rara, título de composição no disco do MC4+, irmão de sangue, um cara que eu não conhecia, fazendo de tão poucos dias um momento nas nossas vidas. Seja como for, já é!